Treino de Força em Alta

A Mudança Começa

Corte a barulho: o Barcelona B já não é apenas uma escada — é um laboratório. Após a queda para a Segunda RFEF, o clube convocou uma reconstrução urgente, não só de resultados, mas de sistemas. E o centro dessa revolução? Um foco radical no treino de força.

Força Não É Só Músculo

Não preciso dizer que o futebol moderno exige física. Mas muitos torcedores não percebem quão brutal pode ser a transição dos U19s para os profissionais. Quando jovens como Hector Ford ou Mark Bernar foram lançados rapidamente, não falharam por falta de habilidade — mas porque seus corpos não aguentavam o modelo intenso de Frick.

Os dados falam mais alto: 74% dos jogadores do Barcelona B apresentaram lacunas significativas em potência explosiva comparados à média da equipe principal durante testes pré-temporada. Isso não é apenas ‘não pronto’ — é um abismo técnico.

Construindo Pontes entre Juvenil e Primeira

Isso não é teoria — é realidade operacional. O clube já contratou um novo técnico de força para atuar diretamente sob Julio Tus, garantindo que cada sprint, salto e exercício resistido no time B imite exatamente os feitos da equipe principal com Xavi ou Gavi.

E sim — há nomes já destacados: Jofre Torrente (lateral-esquerdo), Landry (extremo), Yan Bisili (máquina de velocidade), Diarra (motor central) e acima de tudo — Pedro ‘Dro’ Fernández. Esse garoto dança defesas; agora precisa de força sob seus pés mágicos.

O objetivo? Nenhuma desorientação tática na promoção. Se você viu como jogadores mais jovens entram em pânico diante do pressionamento rigoroso de Frick — sabe que isso precisa ser corrigido antes do jogo.

Conflito Cultural ou Integração Perfeita?

Funcionará? Deixe-me colocar assim: Julian Beletti tem laços fortes com o diretor esportivo Deco — então alinhamento ideológico não está fora da questão. Mas mudança cultural não acontece da noite para o dia. Mesmo grandes técnicos se prendem a hábitos antigos se os sistemas não obrigarem evolução.

Aqui entra minha visão crítica e otimista: se o Barcelona quer que sua linha de formação pareça uma única batida — das salas da La Masia aos bancos do Camp Nou — então força não é logística opcional; é DNA estratégico.

Pense nisso como partitura musical: mesmo tempo, mesma tonalidade, instrumentos diferentes — mas tocando a mesma música.

E ei… se estamos falando em ritmo… talvez devêssemos adicionar alguns batimentos também? Porque se há uma coisa que aprendi com futebol popular brasileiro e análises inglesas — poder sem graça parece vazio… mas graça sem poder? Isso se quebra aos sábados.