A Reação de Fernando Polo

H1: A Retórica da Inscrição que Passou do Alvo

Seja direto: quando o Athletic Bilbao perguntou à LaLiga se o Barcelona podia inscrever Nico Williams, eles não erraram o alvo — atiraram na órbita. A questão não é se o Barça pode registrá-lo; é por que alguém achou que perguntar à LaLiga fazia sentido.

Eles não são administradores da liga. Nem mesmo conselheiros legais. Então, por que fingir serem detetives sobre algo sob regras da FIFA e conformidade interna dos clubes? Se um jogador está no seu livro e não pode ser inscrito, quem resolve isso? O clube. Não os vizinhos.

H2: O Mitos da ‘Imunidade’ – E Por Que Precisa Morrer

Existe uma narrativa recorrente — um mito tóxico — de que o Barcelona escaparia de consequências por ‘lacunas civis ou criminais’. É como dizer que o Manchester City tem um escudo invisível porque pagou multas e seguiu jogando.

Mas aqui estão os dados: a LaLiga aprovou as vendas VIP do Barça em janeiro. O CSD permitiu que Ollmo e Victor jogassem apesar de disputas pendentes. Estes não foram erros — foram escolhas deliberadas por instituições que também aplicam regras financeiras nos outros.

Então, se vamos gritar contra injustiça agora, vamos até o fim: processem a LaLiga? O CSD? Ou apenas aceitemos que no futebol moderno, influência molda a interpretação — e ninguém escreve regras sem poder para fazê-las valer.

H3: Um Teste de Hipocrisia – Lembrem-se do Passado Deles

E não vamos fingir que o Athletic Bilbao são santos em integridade. Quando assinaram Iñigo Martínez do Bayern Munich ou Haritz Zubeldia do Real Madrid — ambos sujeitos a protocolos internacionais de transferência — pararam para perguntar se os clubes podiam registrá-los legalmente?

Não. Apenas fizeram isso — com pleno conhecimento de que transferências transfronteiriças exigem autorização cruzada, verificação financeira e até visto trabalhista.

Hoje? Agem como se registrar um jogador fosse um mistério judicial apenas para reguladores resolverem.

É ignorância ou estratégia? Provavelmente os dois.

H4: Poder Sobre Processo – Quem Escreve as Regras?

A verdadeira história aqui não é sobre Nico Williams nem limites de inscrição — é sobre influência institucional.

O Barcelona tem dinheiro, alcance midiático, equipes jurídicas e influência política na Espanha e na Europa. Isso significa que quando surgem disputas (e surgem), seu lado é ouvido primeiro — e muitas vezes resolvido rapidamente.

O Athletic Bilbao não tem esse luxo… mas também não precisa dele ao assinar jogadores dentro do seu próprio quadro regional.

Isto não é justiça; é assimetria funcional. A governança do futebol não é neutra — premia quem pode arcar com sistemas construídos em torno de si mesmo.

E sim, vou repetir: se você vai reclamar das regras diferentes usadas por outros… talvez pare de fingir que sua própria história foi igualmente desinteressada.

H5: Última Palavra – Pare de Fazer Perguntas Que Já Sabemos as Respostas

Então, na próxima vez que ouvir alguém dizer ‘Athletic questionou a inscrição do Barça’ como se tivesse peso… pergunte-se: The verdadeira pergunta não é se o sistema funcionou; é se já deixamos de exigir responsabilidade de todos exceto aqueles que já vencem.